sexta-feira, 22 de abril de 2011

O Amor não pode se perder...

O Amor é uma alma feliz, uma mágica divina... Porém, eis que agora me remete à idéia o que Nietzsche chamou de “Humano, demasiado humano”, quando no Amor aprofundamos demais e quando compreendemos sua totalidade, raramente lhe permanecemos fiéis para sempre. Esquecemos rápido que é o Amor, justamente, o que leva luz à profundeza da alma. Hoje o que vemos são os homens fazerem do Amor um painel de esboços imperfeito e fragmentado, em lugar de tentar produzir uma imagem completa. A fragilidade que o “mundo moderno”, de certa forma, impôs aos relacionamentos humanos me entristece. Apaixona-se e desapaixona-se... As pessoas atrelam amor à cultura consumista. Hoje, amar é como um passeio no shopping, visto que, tal como outros bens de consumo, ele, o Amor, deve ser consumido instantaneamente. O que não percebem é que o sentimento do imediatismo oferece conseqüências graves... Ora, o Amor na vida do ser humano não deve, não pode ser como mais um “(im) perfeito” produto oferecido pelo mercado!!!
Em minhas leituras, li uma vez a seguinte frase; "a magia do amor está em ignorar que ele possa terminar". É uma frase extraordinária, porque quem não está apaixonado fala que todas as histórias de amor acabam mal! Mas essas mesmas pessoas uma vez apaixonadas, recusam que o amor possa ter fim, acreditam que pode ser eterno... E isso é mágico!!
O amor humano pode até ser um “amor de dor”, mas a paixão amorosa não pode ser encarada como um mero produto a mais, como uma espécie de enfermidade da alma... O Amor deve ser assim absoluto e partilhado todo. Porque a grandeza do Amor está na impossibilidade de catalogá-lo, cristalizá-lo, defini-lo... Ele está sempre “além de onde o colocamos”. E ele não é vitória, é descoberta! É a profunda afinidade inexplicável. O Amor é mais que definido... É colorido, é poetizado. Só quem vive o Amor em sua essência conhece o alvoroço existencial que ele causa, a deliciosa inquietação que ele promove, o alargamento espiritual que dele resulta. O encantamento que nos torna pretensiosos e inadvertidos poetas da simplicidade... Só o Amor torna-nos puros, e livra-nos do “Humano, demasiado humano”, porque ele diviniza-nos!!!

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