quinta-feira, 28 de abril de 2011

À minha amiga Carol...

À minha amiga Carol, as palavras em destaque;
"Era uma vez... Numa terra muito distante... Uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima. Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico... Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre... Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein?... Nem morta!"
                                                                                                          (Luís Fernando Veríssimo)

PRINCESA LINDA
MARAVILHOSO LAGO DO SEU CASTELO
BELO PRÍNCIPE
LINDO CASTELO
SAUTÉE
CREMOSO MOLHO
FINÍSSIMO VINHO BRANCO!
Com base neste texto, que já bem a define, as palavras em destaque me fazem “construir” você doce amiga...
As pessoas pensam... Você sonha!
Pensar é ter cérebro, já sonhar é ter na fronte uma auréola...
As pessoas é um oceano... Você é um lago!
O oceano tem a pérola que embeleza... Mas, o lago tem a poesia que deslumbra!
As outras é a águia que voa... Você o beija-flor que flutua!
Voar é dominar o espaço, flutuar é encantar a alma...
As pessoas têm um farol: a consciência... Você tem uma estrela: a esperança!
O farol guia a esperança salva...
Enfim, você é a Beleza, o Sonho, o Encanto, Os mistérios: princesas, príncipes, castelos, vinhos, o bom paladar, a elegância, o chique... Os homens estão colocados onde termina a terra... Já você, onde começa o céu!!!
É assim minha amiga...
Mulher de verdade, não a Amélia de alguém! Ela é linda, ela é forte!!!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Quando o amor adoece!!!

Hoje irei escrever sobre o ÓDIO... Esse estranho sentimento, que muitas vezes povoa meu ser... O ódio, a meu ver, nada mais é do que o avesso do amor... É como uma “casca que caí do corpo”... Como se o amor virasse uma ferida... Um sentimento que foi rejeitado...
Busco não me conectar com esse ódio que sinto, eu o coloco como um sentimento exterior ao meu Eu. Ao amor digo sim! Já o ódio está “recortado” de forma tal que não há possibilidade de passar do avesso ao direito nem do direito ao avesso. “O que eu sinto e o que eu assumo que sinto” estão separados, como o direito e o avesso sem que eu possa percorrer os dois lados em continuidade. E isso é a antítese amar/odiar como uma única expressão da transformação de uma pulsão em seu contrário... O amor e o ódio, não raro, comparecem juntos, mesmo sendo uma antítese do outro! Entendo que o ódio, enquanto relação com o objeto amado existe antes do amor, sendo manifestado por intermédio do desprezo do outro e da repulsa primitiva por parte do EU em relação ao mundo exterior... Este incansável emissor de estímulos... O mundo externo!!!
Medito sobre esses acontecimentos...
Quando um verdadeiro amor desemboca no ódio numa dimensão tão real, nele, o amor se aproxima da morte, numa dialética muitas vezes impossível de suportar. É preciso ser firme para fazer o amor ir alem das “aparências do ser”... O amor deve SER não mais como paixão, mas como um “dom ativo”. O amor visa o outro, não na sua especificidade, mas no seu SER... Escrevo sobre essa dialética, não com o intuito de buscar uma verdade absoluta, e sim, por buscar a verdade concreta de cada sensação observada em mim, na configuração de minhas vivencias que é definida e articulada por eu mesma, “artista de minha própria história”. Para encontrar a minha verdade, parto de minha própria experiência de vida. No caminho conduzido pela minha intuição e razão, por minhas vivências, sensações e valores... Vou acrescentando novos elementos à composição VIDA, diferenciando-os e reajustando-os... Ao final, tenho à minha frente uma “imagem / conceito” que consiste na última de muitas sínteses anteriores... E, por mais que eu tente repetir uma composição, seguindo passo a passo as etapas de sua elaboração, nunca poderei obter o mesmo resultado... Não importa quantas vezes amei, sempre será novo cada sentimento, cada nova história de amor... Certamente existem muitos que vêem o ódio de forma diferente, da qual coloco aqui, porém minha intenção é refletir, entender sobre as sensações dúbias que permeia meu coração, ora amo, ora odeio o mesmo sujeito causador dessas sensações... Como é possível transitar por esses sentimentos “opostos” e paralelos, senti-los ao mesmo tempo? O ódio, tal como o amor nesse caso, parece se alimentar com as menores coisas dentro de mim... Assim como sei, a pessoa amada não pode me fazer nenhum mal, a mesma pessoa odiada não pode me fazer nenhum bem... Sinto-me pequena ao odiar... Tenho consciência que só o amor afirma, e que ele fica pequeno em face do ódio, então nego veementemente esse sentimento, pois só o amor me salva e me faz chegar à essencial verdade... Que o amor, em mim, sempre vença!!!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O Amor não pode se perder...

O Amor é uma alma feliz, uma mágica divina... Porém, eis que agora me remete à idéia o que Nietzsche chamou de “Humano, demasiado humano”, quando no Amor aprofundamos demais e quando compreendemos sua totalidade, raramente lhe permanecemos fiéis para sempre. Esquecemos rápido que é o Amor, justamente, o que leva luz à profundeza da alma. Hoje o que vemos são os homens fazerem do Amor um painel de esboços imperfeito e fragmentado, em lugar de tentar produzir uma imagem completa. A fragilidade que o “mundo moderno”, de certa forma, impôs aos relacionamentos humanos me entristece. Apaixona-se e desapaixona-se... As pessoas atrelam amor à cultura consumista. Hoje, amar é como um passeio no shopping, visto que, tal como outros bens de consumo, ele, o Amor, deve ser consumido instantaneamente. O que não percebem é que o sentimento do imediatismo oferece conseqüências graves... Ora, o Amor na vida do ser humano não deve, não pode ser como mais um “(im) perfeito” produto oferecido pelo mercado!!!
Em minhas leituras, li uma vez a seguinte frase; "a magia do amor está em ignorar que ele possa terminar". É uma frase extraordinária, porque quem não está apaixonado fala que todas as histórias de amor acabam mal! Mas essas mesmas pessoas uma vez apaixonadas, recusam que o amor possa ter fim, acreditam que pode ser eterno... E isso é mágico!!
O amor humano pode até ser um “amor de dor”, mas a paixão amorosa não pode ser encarada como um mero produto a mais, como uma espécie de enfermidade da alma... O Amor deve ser assim absoluto e partilhado todo. Porque a grandeza do Amor está na impossibilidade de catalogá-lo, cristalizá-lo, defini-lo... Ele está sempre “além de onde o colocamos”. E ele não é vitória, é descoberta! É a profunda afinidade inexplicável. O Amor é mais que definido... É colorido, é poetizado. Só quem vive o Amor em sua essência conhece o alvoroço existencial que ele causa, a deliciosa inquietação que ele promove, o alargamento espiritual que dele resulta. O encantamento que nos torna pretensiosos e inadvertidos poetas da simplicidade... Só o Amor torna-nos puros, e livra-nos do “Humano, demasiado humano”, porque ele diviniza-nos!!!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Angústia!!!

É a angústia que me dá a possibilidade e me prepara para a fé, pois é através da fé que a angústia me ensina a descansar... Portanto, busco ter a coragem de, através da fé, pôr-me em relação com o Divino. Contudo, sei que é preciso despir-me das idéias e pensamentos pré-concebidos e voltar-me ao essencial que reside no âmago de meu ser, para que o encontro com o divino seja possível... Neste momento, quando consigo me desvencilhar de todo o emaranhado de conceitos ilusórios que me prendem à “pseudo-realidade”, me encontro só perante a eu mesma, estou nua diante de todo o Universo; neste momento, há apenas eu e minha fé...

Voltando-me para dentro de mim própria encontro a possibilidade de liberdade. A existência passa a ser o reino da liberdade e se apresenta como uma infinita possibilidade... Esta situação de complexidade da existência está repleta de possibilidades em mim, o que implica minhas responsabilidades é o que me leva a uma espécie de vertigem espiritual.A angústia existencial então, é o resultado de uma experiência interior, é quando eu me deparo com as ilimitadas possibilidades da minha própria liberdade... Limitadas, porém possível LIBERDADE!!!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Uma boa poesia!

Gosto dessa poetisa (Marta Medeiros). Suas poesias são simples e cotidianas, e por isso mesmo, tão próximas de nós. Essa que posto aqui, em especial, me chama atenção por ter um sentido muito "perto" do que eu sinto!
















"Eu sou feito de
Sonhos interronpidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos


Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão


Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci


Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por um instante


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não prometidas


Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir, para nao enfrentar
sorri para não chorar


Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aquele que eu julguei
coisas que eu falei


Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo" (Marta Medeiros)


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Já conheci um príncipe encantado!

Aos 17 anos, em minha mais plena inocência, apaixonei-me por um príncipe. Sim, sem poemas, sem flores, sem cavalo branco, mas um príncipe. Começamos a namorar, ele era o moço mais bonito e cobiçado da cidade e eu nem acreditava que estava comigo. Era um relacionamento baseado no meu encantamento e timidez... E ele tinha o olhar mais doce que já conheci... Foram os três meses mais felizes da minha vida!
Uma noite... Uma noite em que eu quis que fosse especial. Vesti-me especialmente para ele, não sabia direito como, nem de que forma agir, só tinha consciência que queria ser dele. Ainda lembro a cor das minúsculas flores estampadas no meu vestido. Da leveza do tecido que valorizava meus seios virgens... Estava especialmente linda, radiante... Ao vê-lo pude perceber sua admiração, ao abraçá-lo senti seu desejo... Mas, nos olhos havia um ar triste que me trouxe preocupação a noite toda... Ele estava distante e me tratava como uma boneca frágil... Eu não entendia...
Ao me levar para casa ouvi as palavras mais tristes que já ouvi até hoje, tamanha a profundidade de sentido que estas tiveram sobre mim... Disse-me que estava de partida no dia seguinte, e que não ia me prometer nada, estava dizendo adeus para sempre. Não iria me deixar endereço, nem telefone, nem iria dizer que voltaria, porque não voltaria! Senti o desespero tomar conta de mim, as lagrimas caírem incontroláveis... Quis uma promessa, jurei esperá-lo por toda vida, se preciso fosse... Porém, recordo a firmeza de suas palavras, o seu gesto segurando meu rosto entre as mãos... Disse-me para eu continuar sendo aquela menina doce, e não permitir jamais alguém me magoar... Que ele preferia ver-me chorar a sofrer as cruéis dúvidas da espera... Suas palavras até hoje ressoam em minha mente, pois elas me ensinaram valores que carrego para a vida toda... Verdades, a maior dignidade de um homem!
Chorei sua ausência por semanas, meses, anos... Minhas amigas o julgaram cruel... Eu não! Ele é até hoje minha lembrança mais pura, mais verdadeira! Não importa que ele não tenha me amado como eu o amei... Importa a dignidade de sua postura... Importa que ele não manchou a pureza dos meus sentimentos; soube respeitar o amor que lhe dediquei, soube preservar a admiração imensa que eu sentia... Soube deixar o melhor dele em mim... Soube ser a minha mais doce lembrança! E, por isso digo: eu já conheci um príncipe encantado!
 E agora, mesmo depois de tantos desencontros, tantas mentiras, tantas decepções... Eu ainda, lá no fundo, acredito que em algum lugar, em algum canto deve haver ainda os príncipes encantados. Não, não desisto! Que seja por um dia, uma hora, ou anos, mas que venham príncipes, que venha amor, que venha encanto. E viva os príncipes realmente encantados e os que permanecem fiéis aos sonhos e ainda acreditam no amor, e em todo o seu encanto, momentâneo ou eterno, mas encanto!

domingo, 17 de abril de 2011

Nascer é difícil...

Não imaginei que nascer fosse tão comprido! Continuo “nascendo” todos os dias: em cada recomeço, após cada decepção de um sonho desfeito. Em cada dúvida que coloca em prova minha força interior. Sinto-me morrendo e revivendo todo instante... E em cada nascer, vejo em mim uma nova forma. Percebo que assim como um espelho, meu reflexo mostra as inúmeras nuances do que está imortalizado em minha alma. Virginia Woolf, uma de minhas escritoras preferida, neste texto descreve: “No entanto, de fora, o espelho refletia a mesa do salão, os girassóis, as flores batidas de sol, o caminho do jardim, de forma tão exata e tão estável que eles pareciam presos à sua realidade inescapável. O contraste era estranho - aqui, tudo em mutação, lá tudo em calmaria. Impossível deixar de olhar de um para o outro”. Realidades externas e internas se mesclam, e é assim que me constituo. E o que me faz nascer, mover, reconstruir-me é meu mutável mundo interno.
Em minha realidade externa procuro tão limitadamente mostrar minha inteligência, mas é comum esconder minha sensibilidade. Fui “cobrada” a ser forte, e só agora estou entendendo que ser forte mesmo é ter consciências de nossas fraquezas. É ter coragem para ser sensível às emoções que vem de dentro do coração. É arriscar-se a entender o mundo com a sensibilidade da alma.
Então compreendi que cada ser se manifesta de uma forma. Que a riqueza da Vida está neste todo mágico do universo que somos nós. E, assim como as folhas e as flores possuem cada qual sua forma, porém todas guardam uma semelhança por serem vegetais. Assim, nós em nossa complexidade e simplicidade pertencemos a esse Universo magnífico, generoso e simples... Simples em suas formas! Temos cada um a sua, que mesmo diferente é parte do Todo!
Quero dividir aqui minhas experiências internas que me deu forma. E quem sabe nessas exposições de emoções encontrar-me ligada a muitos, que assim como eu tenha a percepção de que fazemos parte, somos parte dessa vida que pulsa em cada canto. Que somos um instrumento perfeito para nossas descobertas, equipado com capacidade de pensamento, de sentimento, capaz de emoções, de deduções... Que somos co-criadores da realidade. Principalmente da realidade interna, que se reflete no Macro...
A conquista da liberdade interior me faz capaz de agir em cada momento buscando o melhor para mim e para o outro. É a verdade encontrada no íntimo de minha alma a realidade em sua essência, e esta, liberta-me dos medos e inseguranças... É em meu interior que busco criar uma realidade encantadora, e que ela possa se manifestar plenamente com a beleza que brota de dentro de mim, me proporcionando a compreensão tão almejada.

sábado, 16 de abril de 2011

Memórias de mim...

Escrever em palavras as memórias presentes, como forma de dominar e rasgar o silêncio. Na verdade, minhas palavras devem acentuar o silêncio que viveu estampado em meu interior por tanto tempo!
Não é que não gosto do silêncio, pelo contrário, é no silêncio que procuro sentido no mais profundo de mim. E ele também é o imenso espaço interior onde a presença do Amor procura a minha própria presença. Amo o silêncio assim como Gonçalves Dias descreve nesses versos; “Como se ama o calor e a luz querida, a harmonia, o frescor, os sons, os céus, silêncios e cores, perfumes e vida, os pais e a pátria e a virtude e a Deus”.
Sempre fugi dos “mundos cheios de lógica”. O mundo real me choca, porém a obrigação de estar inserida nele fez-me fechar meu mundo secreto... Hoje recorro a esses escritos, sem pretensão de ser escritora, só quero por instantes usar minha expressão, poder exteriorizar minhas memórias que, por vezes, são abafadas e sucumbidas frente à gigantesca força da Realidade. Aqui vou deixar de ser única, e vou resgatar meus muitos “eus”. Capturar de mim as essências, as lembranças, os cheiros e fragrâncias, as cores... Serei mutações e detalhes, detalhes de cada um EU em mim.
Eu sei que será sempre de silêncio que “cobrirei a nudez difícil das horas” em que o desespero me vence. E será sempre de “ilusões floridas” que “cobrirei meu rosto” para salvar-me da crueldade dos dias. Porém aqui, buscarei serenamente livrar-me das “farpas” do meu passado, e do presente destino!

Se você se deitar comigo...

É só mais uma noite e eu estou encarando a lua, vejo uma estrela cadente e penso em você. Há uma ligação entre as belezas do mundo e voc...