sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Estes são meus sonhos, tão simples e poucos

Hoje me permiti caminhar pelos caminhos da mente. Recuei-me para ver melhor, deixei-me livre para pisar na estrada do meu interior. E me vi lá, correndo leve e feliz. Sentei-me no campo do meu abismo e vi diante de mim um grande palco onde estavam todos os meus “eus”. Havia uma criança linda que sorria um riso constante e doce, um velho de olhar penetrante e sábio, uma senhora carrancuda e emburrada, uma mulher deslumbrante vestida de maneira provocante e usando batom vermelho... Conversei com elas, todas aquelas personagens, todas fazendo parte do grande palco. Eu as ouvi, depois apenas assisti... De repente tomei posse do grande cenário, era a diretora, quem orientava, e não era mais eu quem as ouvia, era eu quem falava com elas, toda segura... A sensação era de domínio, de poder... Então tomei consciência, tudo, tudo estava no meu domínio e eu era tão livre, tão livre... Senti vontade de dançar, girar, girar. Vi campinas verdes, flores brancas e o raio de sol deixando tudo brilhante. Havia borboletas, cores, vida, havia tanta vida lá...
É bom viajar em imaginações enquanto a vida real está parada, estagnada. Minha mente se movimenta... Chega o pensamento sorrateiro, vejo lugares, coisas, pessoas, trabalho, viagens, amigos, amores, família, não necessariamente nessa ordem, mas o pensamento é como uma fonte vertendo água incessantemente. Às vezes de forma inesperada é como se essa água surgisse suja, mesclam em minha mente leve os pensamentos estranhos, confusos, às vezes sujos e aí destoa a harmonia das coisas belas. Há uma tristeza que toma conta...
Por isso, quero ir tão distante quanto pode minha mente, percorrer caminhos estreitos, mas ser capaz de ver as sebes com árvores sombrosas, subir por montanhas púrpuras e com todas as curvas, sabendo que todas as estradas levam apenas para dentro. Não há fim na jornada. Mas, quero a beleza do caminho. Estes são meus sonhos, tão simples e poucos. Só não quero o inverno profundo da ignorância. Sei que qualquer estrada leva adiante, e que sempre vem uma tempestade, e há os nossos medos, porém a jornada continua e há tantas flores, vida e amor... E à medida que o amor se aproxima aquieta meu coração. Quero a serenidade que me faz ver belezas através desta terra. Poder não ser atingida pelo pior das paixões, não cair mais nas pedras duras e frias da depressão. Eu sei que posso adquirir os dons da mente, preciso entender o sinal secreto, ver a tonalidade firme das nuvens do meu destino, escrever o poema belo da minha vida, até chegar à tranquilidade do meu ser. Entender os meus fantasmas e depois vê-los indo para longe de mim... E deixar que minha essência seja luz!

Se você se deitar comigo...

É só mais uma noite e eu estou encarando a lua, vejo uma estrela cadente e penso em você. Há uma ligação entre as belezas do mundo e voc...