domingo, 20 de novembro de 2011

O estigma da alma.

Os sinais são percebidos pelo meu consciente; há algo de extraordinário ou mau sobre a minha existência. Esses sinais parecem feitos com cortes ou com fogo em minha alma, e avisa; sou uma escrava, uma criminosa, uma traidora. Uma pessoa marcada, ritualmente poluída, que deve ser evitada. Ironicamente esses sinais fazem-me admirada, e não obstante, às vezes, divina. Tomam a forma de flores em erupção sobre minha pele. Mas, esses sinais são mais evidentes à própria desgraça do meu coração partido, que sempre cai no rio amargo da desilusão.  Minha alma solitária se afasta para o mar. Coloco minhas apostas e, em seguida, pago o preço. São tantas coisas que faço por amor!
A comunicação entre eu e o mundo é o problema para as respostas que tanto busco. O tempo vira todas as páginas e já não sei onde escrever minha história. Ando na chuva e na neve, pois não há lugar para o calor. Sinto que uma parte de mim está morrendo, e procuro uma resposta nos olhos das pessoas. Sinto-me rastejando no chão em busca de um compromisso, certamente, ajudaria se eu encontrasse verdades nas coisas que faço por amor.
Uma alma estigmatizada aflige como lepra. Esse estigma é escrupulosamente invisível e conhecido só por mim que o possui. Sei que minha estrada me levará adiante tanto quanto eu poder ser. Mas, as pistas são sinuosas, cheias de montanhas e curvas. Pergunto-me; onde será que todas essas desventuras me levam? Mas, já sei a verdade, não há nenhum final de jornada, a viagem continua... E meu coração sonha; ele brilha onde ele está, e quanto mais eu penso nele, quanto mais eu penso; se eu o tivesse agora, voltaria a ser como antes de todos esses sinais, que marcaram minha alma...


domingo, 13 de novembro de 2011

Já chorei o suficiente!!

Saio ao acaso outra vez; a luz do sol enche meu horizonte. Não estou aqui por minha conta, há uma força maior que me leva para longe, a paixão entra pela porta do coração outra vez. Todas as minhas lágrimas foram congeladas, após estes anos nesta dor, meu coração foi finalmente recolhido para bater um pouco mais rápido. Agora que sinto o despertar, não olho para trás mais. Estou misteriosamente em pé do lado bom da minha alma, e toda lembrança é apenas momento. A tristeza vai desaparecendo e é por paixão que eu me apaixonei. Não irei reescrever uma história, nem reinventar, nem reviver amor algum, isso parece insano. Quero o novo. E como poderia sentir pena pelo erro que tantas vezes cometi? A luz que vem de dentro é mais forte do que eu, e já chorei o suficiente pelo tempo precioso que perdi. Aprendi que sem paixão as coisas ficam muito difíceis, e que não posso me arrepender de senti-la, apesar de a maioria dos meus sonhos serem uma bagunça; o que não me mata, de fato me ensina. A vida é um grande jogo de xadrez, e embora eu acredite no futuro, e tenho também em mente todo o passado, estou vivendo no presente. Não me importo com o resto.
O que me move é o êxtase, a euforia, a apreensão, os dias inquietos, as noites insones... Este envolvimento é tão forte e invasivo que, sei, pode me levar a ignorar algumas obrigações cotidianas, além de me induzi a fazer sacrifícios e a tomar decisões radicais. Por essa razão, e pelo ardor do desejo, ela, a paixão, sempre foi considerada, por muitos, perigosa, mas não é para mim!
Tanto porque, como enxergar o caminho sem essa luz? Não serei como poetas que cantam o amor feliz, harmonioso e tranqüilo. Sei que o romance só passa a existir, unicamente, onde o amor é fatal, proscrito, condenado... O que fascina são as provas, os obstáculos, as proibições, pois essas são as condições da paixão.
Só um coração forte, sabe que o desejo e o sofrimento fazem-nos sentir vivo, proporcionando muitas surpresas.
Então eu sei, necessito-o não como é no real, mas como instrumento que torna possível viver uma paixão ardente. Gosto é de ser envolvida por sentimento intenso, e que por ele anseio, apesar de fazer sofrer. Não preciso da sua presença, mas da sua ausência, porque sei minha paixão acaba logo, porque já chorei o suficiente!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Sempre há vida dentro.

Ouço sons como tambores distantes. Percebo a batida do meu coração pulsando baixo, vindo de dentro à pulsação de um coração perturbado que ainda não conheceu a paz. A escura noite parece envenenar a piscina da liberdade. O mundo real se tornou uma ferramenta, um opressor que fere.
Quero fugir, caminhar pelos montes, para onde minha fantasia é livre. Quero permanecer nos picos da ilusão que tocam o céu, e nas rochas dos sonhos que encontram o mar, na imaginação onde os rios correm livres e a água é dourada pelo sol que aquece minha alma.
Mas, permaneço. Meu coração é forte e me guia. Aprendi a fazer meus ouvidos crescerem surdos para as palavras vazias, pois há vida somente dentro. Fecho os olhos para agitação da realidade, e um silêncio quebra o grito. Meu coração conturbado acalma, me elevo como se voasse acima desta terra. A minha estrada sempre me leva adiante, porque meu mundo interior transporta-me para além das tempestades. Qualquer que seja meu medo, a jornada por onde ando, continua a medida que meu amor se aproxima do divino que há aqui dentro.

domingo, 2 de outubro de 2011

THE LOVE MUST MAKE US STRONG

Caminho na noite escura, azul. Olho o céu; estrelas podem sempre guiar nosso caminho. O luar está dançando sobre as ondas no meio do mar, e as estrelas do céu paira em uma galáxia brilhante... Então ouço uma voz, que parece vinda dos longos séculos, ela sopra em forma de uma canção; a vida deve ser brilhante como uma estrela da manhã... O amor deve nos fazer fortes!
As pedras em que tropeço, e o fogo que queima minha alma vão se desfazendo enquanto ouço a música que vem do mar. Uma brisa suave transforma meus sonhos em imagens dançantes, sinto dentro de mim toda a eternidade.
Quando o dia chegou, a areia estava brilhando vagamente na luz da manhã, e a noite foi dançando nas dunas distantes... Ela guardou para mim uma música tão doce, tão longa... Deitei-me até o raiar do dia.
Porém, o sol estava nascendo no céu do leste, e assim, pus a chorar o meu deserto. Chamei, desejando voltar para casa, para o sonho, para música... Porém, já era hora de armar as tendas da realidade, seguir a vida sem amor e com todos os medos. Cruzar os leitos dos rios gravados em pedra, escalar montanhas poderosas e nos vales sentir o calor das chamas do desengano.
Mas, o que é essa vida que me puxa para longe? Que lar é esse, onde não posso residir? Essa busca me puxa para frente, meu coração fica cheio quando o amor está ao meu lado, minha mente se afasta dos anos de raivas e de lutas, de toda a miséria humana, de todos os resíduos da vida... Pergunto-me; que força é essa que me distancia da dor?
Lembrei das estrelas acima, da voz, da canção... É o divino que posso encontrar dentro de mim!
Não preciso viajar oceanos, nem ouvir seu nome, que muitos chamam com a espada do ódio. Outros usam o seu nome para a glória, alguns usam para o seu ganho... Não, não preciso de um nome! Eu apenas sinto com a liberdade da mente, e sei que o amor deve nos fazer fortes. Quando ouço sua canção na noite e fecho os olhos, os medos passam. Como se fosse a última estrela que brilha em um momento mágico, percebo então, esse momento é minha oração. A presença divina é o luar que estava dançando sobre as ondas, as estrelas do céu pairando no meio do mar... Essa é presença que me puxa para frente, que me faz entender que o amor deve nos fazer fortes!


domingo, 18 de setembro de 2011

Você me levou para baixo!

Alguém disse uma vez; "você teve o seu nome nas luzes brilhantes dos meus sonhos, vi sua fotografia na revista da minha vida”. Mas, o tempo veio caindo, e o meu nome foi feito para um sonho de momento!
Ele disse que eu seria sua estrela, mas os muros são derrubados, para baixo... O tempo veio caindo... Você me levou para baixo!
Sou a estrela, que só, sempre só, não vai muito longe... Os sonhos estão desmoronando? Porque eu acreditei... Porque você disse que seria sua estrela... E depois fez tudo ruir, para baixo. Você me levou para baixo!
Quero rasgar o tempo, esquecer meu nome... Deitar-me no jardim do meu infinito cansaço, perder-me na ausência de minha alma, ouvir somente meu silencio no vazio, deixar-me cair no caos, na loucura das incertezas... Suas palavras vãs, como folhas caídas... Piso nessas folhas secas, penso na minha estação primeira, na minha primavera de flores... Não sei quantas vezes subi o morro dos sonhos... Mas o sol está sempre me queimando, vou me acabando, caindo para baixo. Estou presa nas amarras de um acreditar sempre. Nego-me a despir das verdades.
Meu nome não é mais a estrela dos seus sonhos, sou uma folha rasgada, num tempo esquecido, voando no vento das palavras amargas. O vento varrendo a magoa... Até a brisa soprar novamente meu nome no tempo, que resgata a ternura, que brilha nas luzes de outros desejos, que me ergo de onde você me levou para baixo...

domingo, 17 de julho de 2011

Te amo no meu silêncio...

Porque eu vou cuidar de você, vou amá-lo de qualquer maneira. Verá que muitas aventuras vão acontecer. Diga-me todos os seus desejos e vamos dançar nos lençóis dos sonhos, vamos dançar por um tempo. Considere este deslize que me trouxe até você... Todas suas fantasias estou aqui para torná-las verdadeiras. Pode ter tudo de mim. Você sabe que uma mulher como eu é difícil de encontrar, e aposto que nunca conhecerá alguém que pode te amar mais. Há um lado meio “bruxa” em mim, e eu posso ler sua mente. Minha luz vai te guiar para casa e incendiar seu ser. Vou tentar consertar você, minha decisão é fazê-lo confiar em mim. Sou louca quando está perto, e fecho meus olhos para te sentir melhor ao meu lado. Quando me beija, sei que uma vez na vida você é meu. Quando me toca, queimo por dentro dando tudo que tenho, e sou o seu amor nesse instante. É meu amante tão doce, e estou tão limpa com seus lábios em minha pele, fico tão doce também... Só peço que não apague minha luz e me deixe no escuro. Não quero ser deixada sozinha, não quando estou tão perto de você. Eu acho que é apenas difícil para você mostrar o contrário do que me disse em suas palavras. Nós nunca optamos por manter o que temos, e eu pensei somente em deitar e fechar os olhos, nunca me ocorreu que eu pudesse já estar dormindo. Não me acorde! Deixa meu corpo te chamar no silêncio do mar de meus desejos, deixa eu te comunicar meu amor através de meus beijos... E, então esse silencio irá te trazer até mim sempre...

terça-feira, 12 de julho de 2011

É tentador!!!

O amor é lei no meu templo vazio. De graça caio. Ainda me afogo em lágrimas de dor, quando olho para dentro. Tantas chances e essa fome insaciável... No entanto, vivo o lado de fora, buscando não olhar no meu intimo. Evito perguntar; por que não podemos encontrar o amor novamente? Por que não deixar chover?
Percebo que a vida está me mudando. Torno-me imprevisível... Entrego-me e deixo cair num labirinto, onde sou amante sangrando nos inúmeros rios, fontes, lagos e mares deste “mundo” que é azul só na aparência e na ilusão; na essência, é vermelho.
Então vivo, sem buscar compreender os mistérios quando compartilho contigo meu útero, minha essência. Pois sei que em suas mãos, sou feita de carne, sou a almofada aveludada onde repousa suavemente. Não olho mais para dentro de mim, onde num oceano profundo todos os meus sonhos navegam. Não, vivo fora! E em silencio dôo meu amor que é Vida. Então, meu “oceano” respira, concebe, e nele irmana meu ser e o seu. É minha sua respiração,  cada gemido do teu prazer, é meu. Esse momento é todo meu presente, passado e futuro. Sinto a vida que pulsa em minhas entranhas, sinto o bater do meu coração em tuas veias. É indizivel o que sinto, uma especie de expressão do nada, pois o meu calar é significativo, expressa aquilo que não posso dizer... Confusão!!!
Então, apenas sinto. Minha alma está nua, fora despida pelo amor. Quando ele desnudou-me, colou-se em minha pele e me amou, o amor andou dentro de mim. Vejo-me em meu templo agora, descalça, em liberdade, sem culpa, sem medo ...

Se você se deitar comigo...

É só mais uma noite e eu estou encarando a lua, vejo uma estrela cadente e penso em você. Há uma ligação entre as belezas do mundo e voc...