domingo, 18 de dezembro de 2011

PERGUNTAS INCOMODAM!!!

Há muito percebo que os questionamentos trazem desconforto. Vivi-se uma era democrática, um momento histórico, em que há uma avalanche de informações ao acesso de todos, porém, as perguntas incomodam. Observo que as indagações estão cada vez mais presas no silêncio das respostas não dadas. A sociedade caiu num marasmo estático, que assusta!
Questionar e investigar o que é pressuposto, ou simplesmente dado, exige coragem. Por isso, costuma-se dizer que as perguntas, são mais importantes do que as respostas. Mas, onde estão as perguntas?
Buscam-se respostas para tudo; em análises psiquiátricas, em psicologias variadas, em livros de auto-ajuda, em casas esotéricas, em religiões diversas, etc. No entanto, perguntar “o que” cada coisa, ou o valor, ou a idéia, é, não faz parte do cotidiano da grande maioria. Perguntar qual é a realidade, ou a natureza e qual é a significação de alguma coisa, não importando qual a resposta, mas sim, indagar qual é a estrutura e quais são as relações que constituem uma coisa, uma idéia ou um valor. Buscar o dom do questionamento para não ser enquadrado no mínino espaço de uma resposta.
As perguntas incomodam porque se deve saber pela origem ou pela causa, adentrando, muitas das vezes, ao nosso próprio pensamento, interrogando-se a si mesmo.  Indagar como é possível o próprio pensamento. Refletir como adquirimos conhecimentos, ou se sabemos realmente aquilo que supomos saber. Por isso que, perguntar transtorna, pois você reconhece a própria ignorância.  A afirmação “só sei que nada sei” só pode ser feita por alguém que já exerceu uma autocrítica, que já se debruçou sobre as bases de seus conhecimentos e os avaliou de modo adequado, e por isso questiona!  

domingo, 11 de dezembro de 2011

É PRECISO RETIRAR-SE!!

E se acreditarem que estou com medo, é falso! Eu só dei férias a meu coração um tanto quanto cansado. E se disserem que é errado... Esperarei!
Vou respirar um pouco do sopro do meu silencio, este que me impulsiona para dentro da alma. Caminharei pelo vale da minha mente, andarei sobre as águas do meu mar e armarei a grande vela que desliza sob o vento.
Farei com que meu coração deixe a terra opressora. Vou encontrar minha estrela e a seguir por um instante... E se acharem que não amarei mais, direi; é apenas uma pausa, uma trégua depois dos perigos em que me expus.
Se questionarem sobre meu esquecimento; escute e abra os braços para os ventos da noite, feche os olhos e minha brisa tocará seu rosto. Irei invocar toda a magia, estarei nessa linha tênue que encobre o mundo real, e onde criaturas presentes permanecem ocultas. Buscarei o equilíbrio e resgatarei a minha sagrada unidade. Encontrarei a paz, através do misterioso silencio que me envolve como uma névoa de prata. Revolverei a terra do meu coração, ativando sua fertilidade. Uma gotícula de água pura espalhará em forma de cascata, resgatando-me o ânimo. Um fogo sagrado expulsará os tolos tormentos do meu caminho. Os segredos da mente se revelarão como num transe ascendente. Somente alguns percebem e poucos entendem o torvelinho que nos envolve nesse instante. O silencio faz com que a magia solta ao vento, adentra os corações, despertam emoções adormecidas e jamais esquecidas. Faz com que a semente do amor traga novas lições, germinando uma era de esperanças renovadas.
Fugir para esse abençoado universo paralelo e sagrado, onde tudo é uma simples questão de tempo, é meu objetivo. Vou alinhar-me aos eternos campos verdes e ao céu anil, ficar muito além do tempo e da ilusão. Uma vez mais, renascer nas águas cristalinas da fonte sagrada que purifica meu coração.

domingo, 20 de novembro de 2011

O estigma da alma.

Os sinais são percebidos pelo meu consciente; há algo de extraordinário ou mau sobre a minha existência. Esses sinais parecem feitos com cortes ou com fogo em minha alma, e avisa; sou uma escrava, uma criminosa, uma traidora. Uma pessoa marcada, ritualmente poluída, que deve ser evitada. Ironicamente esses sinais fazem-me admirada, e não obstante, às vezes, divina. Tomam a forma de flores em erupção sobre minha pele. Mas, esses sinais são mais evidentes à própria desgraça do meu coração partido, que sempre cai no rio amargo da desilusão.  Minha alma solitária se afasta para o mar. Coloco minhas apostas e, em seguida, pago o preço. São tantas coisas que faço por amor!
A comunicação entre eu e o mundo é o problema para as respostas que tanto busco. O tempo vira todas as páginas e já não sei onde escrever minha história. Ando na chuva e na neve, pois não há lugar para o calor. Sinto que uma parte de mim está morrendo, e procuro uma resposta nos olhos das pessoas. Sinto-me rastejando no chão em busca de um compromisso, certamente, ajudaria se eu encontrasse verdades nas coisas que faço por amor.
Uma alma estigmatizada aflige como lepra. Esse estigma é escrupulosamente invisível e conhecido só por mim que o possui. Sei que minha estrada me levará adiante tanto quanto eu poder ser. Mas, as pistas são sinuosas, cheias de montanhas e curvas. Pergunto-me; onde será que todas essas desventuras me levam? Mas, já sei a verdade, não há nenhum final de jornada, a viagem continua... E meu coração sonha; ele brilha onde ele está, e quanto mais eu penso nele, quanto mais eu penso; se eu o tivesse agora, voltaria a ser como antes de todos esses sinais, que marcaram minha alma...


domingo, 13 de novembro de 2011

Já chorei o suficiente!!

Saio ao acaso outra vez; a luz do sol enche meu horizonte. Não estou aqui por minha conta, há uma força maior que me leva para longe, a paixão entra pela porta do coração outra vez. Todas as minhas lágrimas foram congeladas, após estes anos nesta dor, meu coração foi finalmente recolhido para bater um pouco mais rápido. Agora que sinto o despertar, não olho para trás mais. Estou misteriosamente em pé do lado bom da minha alma, e toda lembrança é apenas momento. A tristeza vai desaparecendo e é por paixão que eu me apaixonei. Não irei reescrever uma história, nem reinventar, nem reviver amor algum, isso parece insano. Quero o novo. E como poderia sentir pena pelo erro que tantas vezes cometi? A luz que vem de dentro é mais forte do que eu, e já chorei o suficiente pelo tempo precioso que perdi. Aprendi que sem paixão as coisas ficam muito difíceis, e que não posso me arrepender de senti-la, apesar de a maioria dos meus sonhos serem uma bagunça; o que não me mata, de fato me ensina. A vida é um grande jogo de xadrez, e embora eu acredite no futuro, e tenho também em mente todo o passado, estou vivendo no presente. Não me importo com o resto.
O que me move é o êxtase, a euforia, a apreensão, os dias inquietos, as noites insones... Este envolvimento é tão forte e invasivo que, sei, pode me levar a ignorar algumas obrigações cotidianas, além de me induzi a fazer sacrifícios e a tomar decisões radicais. Por essa razão, e pelo ardor do desejo, ela, a paixão, sempre foi considerada, por muitos, perigosa, mas não é para mim!
Tanto porque, como enxergar o caminho sem essa luz? Não serei como poetas que cantam o amor feliz, harmonioso e tranqüilo. Sei que o romance só passa a existir, unicamente, onde o amor é fatal, proscrito, condenado... O que fascina são as provas, os obstáculos, as proibições, pois essas são as condições da paixão.
Só um coração forte, sabe que o desejo e o sofrimento fazem-nos sentir vivo, proporcionando muitas surpresas.
Então eu sei, necessito-o não como é no real, mas como instrumento que torna possível viver uma paixão ardente. Gosto é de ser envolvida por sentimento intenso, e que por ele anseio, apesar de fazer sofrer. Não preciso da sua presença, mas da sua ausência, porque sei minha paixão acaba logo, porque já chorei o suficiente!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Sempre há vida dentro.

Ouço sons como tambores distantes. Percebo a batida do meu coração pulsando baixo, vindo de dentro à pulsação de um coração perturbado que ainda não conheceu a paz. A escura noite parece envenenar a piscina da liberdade. O mundo real se tornou uma ferramenta, um opressor que fere.
Quero fugir, caminhar pelos montes, para onde minha fantasia é livre. Quero permanecer nos picos da ilusão que tocam o céu, e nas rochas dos sonhos que encontram o mar, na imaginação onde os rios correm livres e a água é dourada pelo sol que aquece minha alma.
Mas, permaneço. Meu coração é forte e me guia. Aprendi a fazer meus ouvidos crescerem surdos para as palavras vazias, pois há vida somente dentro. Fecho os olhos para agitação da realidade, e um silêncio quebra o grito. Meu coração conturbado acalma, me elevo como se voasse acima desta terra. A minha estrada sempre me leva adiante, porque meu mundo interior transporta-me para além das tempestades. Qualquer que seja meu medo, a jornada por onde ando, continua a medida que meu amor se aproxima do divino que há aqui dentro.

domingo, 2 de outubro de 2011

THE LOVE MUST MAKE US STRONG

Caminho na noite escura, azul. Olho o céu; estrelas podem sempre guiar nosso caminho. O luar está dançando sobre as ondas no meio do mar, e as estrelas do céu paira em uma galáxia brilhante... Então ouço uma voz, que parece vinda dos longos séculos, ela sopra em forma de uma canção; a vida deve ser brilhante como uma estrela da manhã... O amor deve nos fazer fortes!
As pedras em que tropeço, e o fogo que queima minha alma vão se desfazendo enquanto ouço a música que vem do mar. Uma brisa suave transforma meus sonhos em imagens dançantes, sinto dentro de mim toda a eternidade.
Quando o dia chegou, a areia estava brilhando vagamente na luz da manhã, e a noite foi dançando nas dunas distantes... Ela guardou para mim uma música tão doce, tão longa... Deitei-me até o raiar do dia.
Porém, o sol estava nascendo no céu do leste, e assim, pus a chorar o meu deserto. Chamei, desejando voltar para casa, para o sonho, para música... Porém, já era hora de armar as tendas da realidade, seguir a vida sem amor e com todos os medos. Cruzar os leitos dos rios gravados em pedra, escalar montanhas poderosas e nos vales sentir o calor das chamas do desengano.
Mas, o que é essa vida que me puxa para longe? Que lar é esse, onde não posso residir? Essa busca me puxa para frente, meu coração fica cheio quando o amor está ao meu lado, minha mente se afasta dos anos de raivas e de lutas, de toda a miséria humana, de todos os resíduos da vida... Pergunto-me; que força é essa que me distancia da dor?
Lembrei das estrelas acima, da voz, da canção... É o divino que posso encontrar dentro de mim!
Não preciso viajar oceanos, nem ouvir seu nome, que muitos chamam com a espada do ódio. Outros usam o seu nome para a glória, alguns usam para o seu ganho... Não, não preciso de um nome! Eu apenas sinto com a liberdade da mente, e sei que o amor deve nos fazer fortes. Quando ouço sua canção na noite e fecho os olhos, os medos passam. Como se fosse a última estrela que brilha em um momento mágico, percebo então, esse momento é minha oração. A presença divina é o luar que estava dançando sobre as ondas, as estrelas do céu pairando no meio do mar... Essa é presença que me puxa para frente, que me faz entender que o amor deve nos fazer fortes!


domingo, 18 de setembro de 2011

Você me levou para baixo!

Alguém disse uma vez; "você teve o seu nome nas luzes brilhantes dos meus sonhos, vi sua fotografia na revista da minha vida”. Mas, o tempo veio caindo, e o meu nome foi feito para um sonho de momento!
Ele disse que eu seria sua estrela, mas os muros são derrubados, para baixo... O tempo veio caindo... Você me levou para baixo!
Sou a estrela, que só, sempre só, não vai muito longe... Os sonhos estão desmoronando? Porque eu acreditei... Porque você disse que seria sua estrela... E depois fez tudo ruir, para baixo. Você me levou para baixo!
Quero rasgar o tempo, esquecer meu nome... Deitar-me no jardim do meu infinito cansaço, perder-me na ausência de minha alma, ouvir somente meu silencio no vazio, deixar-me cair no caos, na loucura das incertezas... Suas palavras vãs, como folhas caídas... Piso nessas folhas secas, penso na minha estação primeira, na minha primavera de flores... Não sei quantas vezes subi o morro dos sonhos... Mas o sol está sempre me queimando, vou me acabando, caindo para baixo. Estou presa nas amarras de um acreditar sempre. Nego-me a despir das verdades.
Meu nome não é mais a estrela dos seus sonhos, sou uma folha rasgada, num tempo esquecido, voando no vento das palavras amargas. O vento varrendo a magoa... Até a brisa soprar novamente meu nome no tempo, que resgata a ternura, que brilha nas luzes de outros desejos, que me ergo de onde você me levou para baixo...

Se você se deitar comigo...

É só mais uma noite e eu estou encarando a lua, vejo uma estrela cadente e penso em você. Há uma ligação entre as belezas do mundo e voc...