Quando o vi meu desejo era desviar-me do fogo que existe na pele. Queria tornar-me fria como o gelo. Acalmar a fome voraz que me consome em segredo. Pois tenho medo de mim, de ti, de tudo. Da luz, da sombra, do silêncio ou vozes... Atormentam-me esses cruéis receios. É que o vento soprando, torna incêndio a chama viva que teu toque ateia! E a plantinha humilde do meu ser torrará na labareda que se enrosca em meu corpo, quando o calor das tuas mãos, amarrotando o meu vestido, despertar-me a volúpia doce. Queimar-me-ei ao pisar descalça como uma criança louca, sobre um chão de brasas! E na manhã, com o dia começando, você deixa minha casa. Meu coração estará quebrando. A minha juventude passou faz tempo. E nas noites seguintes estarei sozinha. Os céus escuros profundamente intermináveis. Ao final estou triste, pesarosa e abatida. Sinto que não há mais ninguém do meu jeito. Mas, é esse meu destino. O medo sempre vem atrapalhar o amor, me impedindo de voar por cima dos gelos e das pedras aguçadas. Por fugir desse fogo, sinto a tempestade se aproximando. Pergunto então a meu Anjo guardião; você estará por perto se a chuva cair? Devo acreditar que você surgirá para serenar a tempestade? Só queria a sua promessa! Sinto que é cedo demais para desistir de sonhar. Ainda desejo que a lua se ponha e mude o meu amanhã. Você sussurra em minha consciência que tudo pode acontecer, que minha fé moveria a Terra e o Mar. Meu querido Anjo ajude-me! Eu posso sentir todas aquelas nuvens escura desaparecendo quando sinto tua presença, então se faz presente nesse momento, deixa esse amor acontecer, alegre minha alma...
domingo, 15 de julho de 2012
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