quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Quem sabe de quem?

Já ouvi que pareço louca, que pareço pura, que pareço moça, mas a verdade é que nunca ninguém me soube!
Vivo desaprendendo para aprender. Reiniciando, “deletando” para escrever em cima. Pensava que isso só era possível pelo processo de reencarnação, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida.  Basta perder o receio de mudar.
É assustador olhar para dentro e encarar-me de frente, defrontar com meus fantasmas, mas não posso sublimar um mostro que me deforma e que desfigura minha realidade. Por mais que me perca, analiso que pior do que se sentir perdida é perder-se em si mesmo.
Disseram-me que assusto e que distancio pessoas, mas veja; quantos não são capazes de perceberem que estão envoltos no emaranhado do que acreditam misturado ao que de fato é. O que acreditam, apostando corrida com o que mais detestam.  Mentem, e suas mentiras ferem, mas não veem que mentem a si mesmos. Escondem-se nas muitas desculpas para não se conscientizarem da verdade. Enganam-se constantemente, fazendo de conta que são capazes de se identificarem com a fonte suprema da verdadeira vida. Insistem em ver somente através dos olhos e ouvir apenas com os ouvidos, e com isso, menosprezam toda a essência de quem cruza seus caminhos. Vivem limitados pelo corpo. O que têm, está “jogando palitinhos” com o que querem. Porém, me questiono; quando a cabeça pensa demais será que nossa alma enriquece? 
Vivo cheia de indagações e de táticas que não fazem o menor sentido. (pelo menos em determinados momentos). Minhas certezas mudam, minhas prioridades deixam de serem prioridades já que nem sei mais o que desejo. Até sei, mas está tão longe e eu tão cansada que o mais fácil é deixar que as prioridades me encontrem. Meus olhos pesam e meu coração já bate fraco. De tanto que bateu a vida inteira. De tanto chorar amor e fracassos. De tanto chorar pelo leite derramado, já não sei... Me entender é complicado demais!
Sem contar que certas coisas não se explicam. Não existem palavras que as descrevam ou soluções que as resolvam.  Sentimentos, gestos, sonhos e sorrisos. A alma entende e a boca cala. Dor, susto, drama e tragédia, a gente nasce sabendo. Saber ser feliz exige décadas para entender e, ao mesmo tempo, pede tão pouco. Muitas vezes, se vive somente para relatar o quanto nossa vida é impressionante, mas lá no fundo persiste uma mágoa desconfiada de não vivermos o que realmente desejamos. E o que desejamos não se diz, arde!

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