Então me lembro de você doce amante. No fundo das trevas de minha alma, penso no instante que não vivemos e que não morreu! Você revela meus tesouros silenciosos, na proposta aberta de uma entrega macia, onde posso sentir asas de anjo, em seu toque a minha pele... Ouço minha própria voz, que frágil, treme ao saber dos enganos contidos no profundo oceano de seus olhos escuros! E mesmo assim, cresce dentro de mim o desejo como véus de neblina... Eu quero você!!! Quero o calor livre que nos faz ainda mais fortes, o amanhecer que define nós dois em pedaços, e que só um amor de verdade pode juntar, enquanto a noite dá lugar a clara luz da manhã.
Ah, meu querido, ajuda-me a esquecer que aqui na Terra é tudo engano. Que sempre há quem nos iluda e revela o egoísmo humano. Entenda doce amante, que ser Bela na alma é um ofício cujo preço é alto. Semear amor nos corações é sucumbir ao pranto, pois ao sermos esquecidos, precisamos arremessar-los a um canto. E se finda o amor, vem a saudade e lança-me a tristeza eterna! Então fica sempre em mim, um pouco dos que se vão, e resta este silêncio noite afora... Mesmo assim, não tenho medo; devo colocar-me à disposição do amor. Posso cair diante do amor, mas também posso me erguer acima. Pois, o medo pode me parar no caminho, já o amor pode parar os medos! Só digo que não é assim sempre... Há essas nuvens, às vezes, e eu preciso de você, do seu sol...
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