quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Sempre há vida dentro.

Ouço sons como tambores distantes. Percebo a batida do meu coração pulsando baixo, vindo de dentro à pulsação de um coração perturbado que ainda não conheceu a paz. A escura noite parece envenenar a piscina da liberdade. O mundo real se tornou uma ferramenta, um opressor que fere.
Quero fugir, caminhar pelos montes, para onde minha fantasia é livre. Quero permanecer nos picos da ilusão que tocam o céu, e nas rochas dos sonhos que encontram o mar, na imaginação onde os rios correm livres e a água é dourada pelo sol que aquece minha alma.
Mas, permaneço. Meu coração é forte e me guia. Aprendi a fazer meus ouvidos crescerem surdos para as palavras vazias, pois há vida somente dentro. Fecho os olhos para agitação da realidade, e um silêncio quebra o grito. Meu coração conturbado acalma, me elevo como se voasse acima desta terra. A minha estrada sempre me leva adiante, porque meu mundo interior transporta-me para além das tempestades. Qualquer que seja meu medo, a jornada por onde ando, continua a medida que meu amor se aproxima do divino que há aqui dentro.

domingo, 2 de outubro de 2011

THE LOVE MUST MAKE US STRONG

Caminho na noite escura, azul. Olho o céu; estrelas podem sempre guiar nosso caminho. O luar está dançando sobre as ondas no meio do mar, e as estrelas do céu paira em uma galáxia brilhante... Então ouço uma voz, que parece vinda dos longos séculos, ela sopra em forma de uma canção; a vida deve ser brilhante como uma estrela da manhã... O amor deve nos fazer fortes!
As pedras em que tropeço, e o fogo que queima minha alma vão se desfazendo enquanto ouço a música que vem do mar. Uma brisa suave transforma meus sonhos em imagens dançantes, sinto dentro de mim toda a eternidade.
Quando o dia chegou, a areia estava brilhando vagamente na luz da manhã, e a noite foi dançando nas dunas distantes... Ela guardou para mim uma música tão doce, tão longa... Deitei-me até o raiar do dia.
Porém, o sol estava nascendo no céu do leste, e assim, pus a chorar o meu deserto. Chamei, desejando voltar para casa, para o sonho, para música... Porém, já era hora de armar as tendas da realidade, seguir a vida sem amor e com todos os medos. Cruzar os leitos dos rios gravados em pedra, escalar montanhas poderosas e nos vales sentir o calor das chamas do desengano.
Mas, o que é essa vida que me puxa para longe? Que lar é esse, onde não posso residir? Essa busca me puxa para frente, meu coração fica cheio quando o amor está ao meu lado, minha mente se afasta dos anos de raivas e de lutas, de toda a miséria humana, de todos os resíduos da vida... Pergunto-me; que força é essa que me distancia da dor?
Lembrei das estrelas acima, da voz, da canção... É o divino que posso encontrar dentro de mim!
Não preciso viajar oceanos, nem ouvir seu nome, que muitos chamam com a espada do ódio. Outros usam o seu nome para a glória, alguns usam para o seu ganho... Não, não preciso de um nome! Eu apenas sinto com a liberdade da mente, e sei que o amor deve nos fazer fortes. Quando ouço sua canção na noite e fecho os olhos, os medos passam. Como se fosse a última estrela que brilha em um momento mágico, percebo então, esse momento é minha oração. A presença divina é o luar que estava dançando sobre as ondas, as estrelas do céu pairando no meio do mar... Essa é presença que me puxa para frente, que me faz entender que o amor deve nos fazer fortes!


domingo, 18 de setembro de 2011

Você me levou para baixo!

Alguém disse uma vez; "você teve o seu nome nas luzes brilhantes dos meus sonhos, vi sua fotografia na revista da minha vida”. Mas, o tempo veio caindo, e o meu nome foi feito para um sonho de momento!
Ele disse que eu seria sua estrela, mas os muros são derrubados, para baixo... O tempo veio caindo... Você me levou para baixo!
Sou a estrela, que só, sempre só, não vai muito longe... Os sonhos estão desmoronando? Porque eu acreditei... Porque você disse que seria sua estrela... E depois fez tudo ruir, para baixo. Você me levou para baixo!
Quero rasgar o tempo, esquecer meu nome... Deitar-me no jardim do meu infinito cansaço, perder-me na ausência de minha alma, ouvir somente meu silencio no vazio, deixar-me cair no caos, na loucura das incertezas... Suas palavras vãs, como folhas caídas... Piso nessas folhas secas, penso na minha estação primeira, na minha primavera de flores... Não sei quantas vezes subi o morro dos sonhos... Mas o sol está sempre me queimando, vou me acabando, caindo para baixo. Estou presa nas amarras de um acreditar sempre. Nego-me a despir das verdades.
Meu nome não é mais a estrela dos seus sonhos, sou uma folha rasgada, num tempo esquecido, voando no vento das palavras amargas. O vento varrendo a magoa... Até a brisa soprar novamente meu nome no tempo, que resgata a ternura, que brilha nas luzes de outros desejos, que me ergo de onde você me levou para baixo...

domingo, 17 de julho de 2011

Te amo no meu silêncio...

Porque eu vou cuidar de você, vou amá-lo de qualquer maneira. Verá que muitas aventuras vão acontecer. Diga-me todos os seus desejos e vamos dançar nos lençóis dos sonhos, vamos dançar por um tempo. Considere este deslize que me trouxe até você... Todas suas fantasias estou aqui para torná-las verdadeiras. Pode ter tudo de mim. Você sabe que uma mulher como eu é difícil de encontrar, e aposto que nunca conhecerá alguém que pode te amar mais. Há um lado meio “bruxa” em mim, e eu posso ler sua mente. Minha luz vai te guiar para casa e incendiar seu ser. Vou tentar consertar você, minha decisão é fazê-lo confiar em mim. Sou louca quando está perto, e fecho meus olhos para te sentir melhor ao meu lado. Quando me beija, sei que uma vez na vida você é meu. Quando me toca, queimo por dentro dando tudo que tenho, e sou o seu amor nesse instante. É meu amante tão doce, e estou tão limpa com seus lábios em minha pele, fico tão doce também... Só peço que não apague minha luz e me deixe no escuro. Não quero ser deixada sozinha, não quando estou tão perto de você. Eu acho que é apenas difícil para você mostrar o contrário do que me disse em suas palavras. Nós nunca optamos por manter o que temos, e eu pensei somente em deitar e fechar os olhos, nunca me ocorreu que eu pudesse já estar dormindo. Não me acorde! Deixa meu corpo te chamar no silêncio do mar de meus desejos, deixa eu te comunicar meu amor através de meus beijos... E, então esse silencio irá te trazer até mim sempre...

terça-feira, 12 de julho de 2011

É tentador!!!

O amor é lei no meu templo vazio. De graça caio. Ainda me afogo em lágrimas de dor, quando olho para dentro. Tantas chances e essa fome insaciável... No entanto, vivo o lado de fora, buscando não olhar no meu intimo. Evito perguntar; por que não podemos encontrar o amor novamente? Por que não deixar chover?
Percebo que a vida está me mudando. Torno-me imprevisível... Entrego-me e deixo cair num labirinto, onde sou amante sangrando nos inúmeros rios, fontes, lagos e mares deste “mundo” que é azul só na aparência e na ilusão; na essência, é vermelho.
Então vivo, sem buscar compreender os mistérios quando compartilho contigo meu útero, minha essência. Pois sei que em suas mãos, sou feita de carne, sou a almofada aveludada onde repousa suavemente. Não olho mais para dentro de mim, onde num oceano profundo todos os meus sonhos navegam. Não, vivo fora! E em silencio dôo meu amor que é Vida. Então, meu “oceano” respira, concebe, e nele irmana meu ser e o seu. É minha sua respiração,  cada gemido do teu prazer, é meu. Esse momento é todo meu presente, passado e futuro. Sinto a vida que pulsa em minhas entranhas, sinto o bater do meu coração em tuas veias. É indizivel o que sinto, uma especie de expressão do nada, pois o meu calar é significativo, expressa aquilo que não posso dizer... Confusão!!!
Então, apenas sinto. Minha alma está nua, fora despida pelo amor. Quando ele desnudou-me, colou-se em minha pele e me amou, o amor andou dentro de mim. Vejo-me em meu templo agora, descalça, em liberdade, sem culpa, sem medo ...

sexta-feira, 24 de junho de 2011

“You complete me”

Quando nossos caminhos se cruzaram, logo descobrimos uma amizade “yin e yang”. Fizemos arranjos, releituras das nossas formas, até descobrir que a harmonia é essencial. E que duas cores de composição diferente, pode se relacionar entre si. Quando ajustadas, pode tornar-se um todo unificado: uma cor depende grandemente do contraste com a outra, para mostrar sua beleza no contexto, no espaço e no tempo.
Olha minha amiga, no desenho da vida, ora identifico-me yin e você yang, ora somos o oposto, mas há sempre uma energia nesses extremos que nos uni. Pois, quando a luz é luminosa e intensa demais, nada melhor que o extremo de outro. Precisamos das duas energias, que se altera pela colocação de outra, de modo que, o que era “quente” pode se tornar frio, e o que era “frio” pode se tornar quente. Veja como o preto parece ser mais escuro sobre o branco, e este, mais claro sobre o preto. Os valores claros parecem aumentar o tamanho dos objetos. O preto e os valores escuros diminuem o exagero do branco. Nossa amizade é assim: sou o branco e seus valores claros que refletem “as cores” da vida e parece que intensifico essas “cores” que se aproximam. Você é o preto que absorve “as cores escuras” da vida e as reduz, tornando-as mais suáveis. O meu “branco” sugere distância, o seu “preto”, aproximação... E as duas unifica e harmoniza.
Dizem que existe um fenômeno visual interessante: quando se fixa os olhos numa cor durante certo tempo, substituindo a cor por um campo branco vemos sua cor complementar... Quantas vezes fixei os olhos em você, e agora quando olho para mim, enxergo tanto de você... Olhe para essa figura; qual me representa? Qual representa você? Já não sabemos... Essas cores combinam nossos valores numa escala monocromática. Nossa amizade é formada numa só frequência. Minha cor ao ser misturada gradativamente a sua, perdeu a intensidade, sendo dominada por seus valores. Na sua, ao adicionar a minha, a intensidade diminuiu, e com a ausência de nossos extremos, existe um valor intermediário na nossa amizade que corresponde à harmonia. E esta permite, enfim, este resultado agradável e calmo...
É, posso concluir, que nossas diferenças na vida, assim como num, “tabuleiro de xadrez”, sugere que ficamos sempre atentas, e toda vez que surgir um problema, que nos lembramos de colocar alguns elementos a mais em nossas cores complementares. Pois, no fundo, é este contraste que dá vivacidade a essa tão rica AMIZADE!!!

terça-feira, 14 de junho de 2011

As nuvens que há em mim

Sinto-me arrastando, às vezes, como o mar em sua imensidão escura e revolta. O vento ecoa as tempestade e suas convulsões, e sinto que em mim, expande todas as paixões. Mas, de repente, me dissolvo como se fosse ar... Sou triste como o sol de outono. Há momentos em que me sinto como uma tela desenhada por um artista aflito. Nela reflete uma noite velada e triste. Um abismo infinito me embala, sou um espelho austero, mar calmo, escondendo nas profundezas, meu desespero!
Então me lembro de você doce amante. No fundo das trevas de minha alma, penso no instante que não vivemos e que não morreu! Você revela meus tesouros silenciosos, na proposta aberta de uma entrega macia, onde posso sentir asas de anjo, em seu toque a minha pele... Ouço minha própria voz, que frágil, treme ao saber dos enganos contidos no profundo oceano de seus olhos escuros! E mesmo assim, cresce dentro de mim o desejo como véus de neblina... Eu quero você!!! Quero o calor livre que nos faz ainda mais fortes, o amanhecer que define nós dois em pedaços, e que só um amor de verdade pode juntar, enquanto a noite dá lugar a clara luz da manhã.
Ah, meu querido, ajuda-me a esquecer que aqui na Terra é tudo engano. Que sempre há quem nos iluda e revela o egoísmo humano. Entenda doce amante, que ser Bela na alma é um ofício cujo preço é alto. Semear amor nos corações é sucumbir ao pranto, pois ao sermos esquecidos, precisamos arremessar-los a um canto. E se finda o amor, vem a saudade e lança-me a tristeza eterna! Então fica sempre em mim, um pouco dos que se vão, e resta este silêncio noite afora... Mesmo assim, não tenho medo; devo colocar-me à disposição do amor. Posso cair diante do amor, mas também posso me erguer acima. Pois, o medo pode me parar no caminho, já o amor pode parar os medos! Só digo que não é assim sempre... Há essas nuvens, às vezes, e eu preciso de você, do seu sol...

Se você se deitar comigo...

É só mais uma noite e eu estou encarando a lua, vejo uma estrela cadente e penso em você. Há uma ligação entre as belezas do mundo e voc...