sábado, 28 de maio de 2011

Meu melhor amigo!

Sinto saudade de onde nunca estive. Vejo uma paisagem bela, sinto a exuberância da natureza, e a brisa em meu rosto parece dizer; esse é um bom dia para morrer! Mas, aí lá longe, além de um farol, um fio de fumaça vem subindo no mar e então o navio aparece... E com cada novo dia, novas promessas. É um belo dia para ver...!!! Cada último dia para mim é um lindo dia. O último dia para mim é um lindo dia!!!
Só quero fechar os olhos e saber que não fui infantil e injusta para com você, meu único amigo. Não lamentar que agora seja tarde demais, que eu não posso te mostrar mais as coisas que aprendi com você, porque a vida já me levou... Não, não vou perguntar mais, por quê? Porque sei, ninguém me dará uma resposta. Só eu posso te ver, e por muitos dias vamos nos encontrar novamente, e então vou lhe pedir: por favor, não me dê todas as respostas! Porque não posso estar tão cega para não enxergar quem está sempre do meu lado. Que os que são bons, estes não desaparecem! Não posso viver perguntando o porquê, quando não há ninguém que me dá uma resposta... Eu não preciso de respostas, porque sinto você meu único amigo... Que sempre vai pensar em mim como sua melhor amiga. E eu sempre penso em você. Eu não estou reclamando... Eu sempre vou te sentir. Sinto sua vibração, mesmo que eu nunca te alcance, posso te sentir em seu éden... Eu sempre penso em você em seu éden, meu amigo... Meu Anjo protetor!

domingo, 22 de maio de 2011

Não estar sozinha e ser sempre só!!!

Um dia na faculdade assisti o filme “El Laberinto del Fauno”, uma espécie de fábula sombria e cheia de metáforas, e me dei conta; mesmo depois de não ser mais uma menina amante de literatura fantástica, existe dentro de mim um enorme labirinto, onde realidade e fantasia se completam em um verdadeiro universo místico.
Meu universo onírico não delimita o que é fantasia ou realidade. Ele me aponta caminhos e deixa que eu embarque nessa viagem chamada vida! Há em mim o contraste dos dois mundos: um acredita em fadas, anjos, lendas, mitologia... E lá se esconde fugindo da realidade. E o outro, que apesar de toda a desilusão, ainda vê esperança no mundo caótico em que vivemos. E essa dualidade é talvez a melhor maneira de escapar de uma realidade dura, ou seja, criando um mundo de fantasia... Porque vivo sempre com a impressão de que os “humanos racionais” são verdadeiros vilões que envolvem o universo com as duras cercas do mundo real, e não admitem os “toques surrealistas”. Estes são produto de um mundo rígido e fascista, com ideologias baseada no egoísmo e no poder que os tornam individualistas. Psicologicamente, é o resultado de uma relação agressiva e abusiva para com os demais...
Eu acredito em sonhos e fantasia, pois esses sentimentos e características são vitais para o desenvolvimento verdadeiramente humano! Porém, me sinto sempre só, pois não me vejo em ninguém. Essa realidade sem fantasias, em que o mundo está mergulhado, torna as pessoas absolutamente frias. Então, quando a dor e a tristeza vem ao meu encontro, recorro ao meu mundo místico como forma de abrigo e envolvo meus sonhos. Pois a frieza e indiferença das pessoas criam-me dúvidas a doer o peito e a alma. A me ferir como venenoso espinho! Se permaneço nesse mundo, que chamam de real, torno-me ainda mais só em meu campo nebuloso de conflitos, de revoluções ocultas em meu íntimo. Travo ferozes batalhas com meu destino e nesses instantes estou sempre só, não tenho viva alma a me socorrer, se quer um sorriso amigo, uma palavra, um alento... É por isso que entro e caminho para dentro do meu labirinto, e lá me encontro com os anjos, fadas, deuses... Não estou mais sozinha, encontro força divina!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

FLEURS DU MAL


A quem rouba minha inocência, dedico o poema “O Vampiro” de Charles Baudelaire; Tu que, como uma punhalada entrou em meu coração triste; Tu que, forte como manada de demônios, louco surgiste, para em meu espírito humilhado encontrar o leito e o ascendente infame a que eu estou atado, tal como forçada à corrente; Como ao baralho o jogador, como à garrafa o borrachão, como os vermes a podridão. - Maldito sejas! Implorei ao punhal veloz que me concedesse a alforria, disse ao veneno atroz que me amparasse à covardia. Ah! Pobre... O veneno e o punhal, disseram-me de ar zombeteiro: "Ninguém te livrará afinal de teu maldito cativeiro. Ah! imbecil - de teu retiro se te livrássemos um dia, teu beijo ressuscitaria o cadáver de teu vampiro!”
Mentiras camufladas, amores vulgares, desejos insanos e covardias sangram minha alma. E então, é em você que eu continuo pensando! Eu queria saber; seu amor vai me salvar? Estou sempre sentindo sua falta, queria correr até te alcançar e até que tenha ido “les fleurs du mal”... Não quero deixar que você seja como todos eles! Você segura a chave de uma porta aberta, e eu me pergunto; Será que eu vou ser livre? Irá salvar-me dos demônios escuro da minha alma? Irá combater o mal plantado aqui dentro, antes que ele seja fatal?
Toda minha vida eu estive esperando por este perfume que irá me abster dessa dor. Eu perdi meu caminho e agora, será que você vai me ajudar a ser livre? Mas, você é um estranho que desaparece e sinto que vou cair novamente... Só me sinto segura nos poucos segundos em que segura minha mão. Sinto que começa minha viagem para casa, pois o amor chega a mim antes do trem. Faz-me voltar para onde meu coração era leve, para o passado onde meu travesseiro era um navio que navegava pela noite, aconchegando a inocência dos meus sonhos. Essa viagem para casa nunca é tarde demais, quando há braços abertos que estão à espera... Eu quero sentir-me do jeito que era lá no passado, e é você quem me fez entender que a viagem para casa nunca é tarde demais... Ela é a principal esperança de curar a dor mais profunda. Por intermédio do seu amor meu coração pode chegar antes do trem, em segurança... É você quem me fez saber que sou linda, que posso ignorar o que me tornei. Fez-me tomar posse de mim outra vez... Eu posso sentir-te aqui como um anjo amigo, e em meus pensamentos mais íntimos, serei por ti, compreendida. Alguns vidros aqui dentro foram quebrados, mas em você eu confio todos os meus sorrisos, todos os meus segredos guardados nesta casa de pedra, onde prenderam minha inocência... E, eu te amo como a mulher que não sou mais, te amo tão louca, te amo como se fosse meu guardião, como um lobo, um rei... Eu te amo assim, como o único que vai dessa prisão, salvar-me!!

domingo, 8 de maio de 2011

Amei um Desconhecido!

Não sei exatamente como esse amor chegou... Se quando lia suas belas palavras, se por ouvir em alguns instantes sua voz... Não sei! Talvez tenha sido só fantasia do meu coração carente. Era tão especial quando me chamava de LINDA, tão real parecia o seu sentimento... Deixei-me prender na suavidade das suas doces palavras. Era a expectativa dos meus anseios... Ele alimentava meu ego e eu me nutria de falsas promessas, até entender; o homem que eu amei era ilusão criada em meus devaneios, era o meu coração que explodia em desejos de alcançar-lhe e tocar-lhe... A verdade é que o homem que amei, nunca o toquei e só existiu dentro do meu querer... O sonho foi meu! Eu o vi através da vitrine da minha imaginação, mas era de vidro o sonho do qual me falou, e quebrou-se... Estilhaçou-se em cacos minhas fantasias, quebrou-se o encanto, a magia... Partiu-se em mil pedacinhos meu coração...!
Resisti muito a aceitar que amei um estranho que não é, e nem nunca foi, especial. Tive que desconstruí-lo... Reconheço que fui seduzida por uma fantasia, que me deixei confundir, que o meu desejo de amar foi mais forte do que EU. Dediquei um sentimento nobre e verdadeiro a um homem que nem chegou a existir, tudo não passou de uma representação... Talvez até não tenha sido por mal, pode ser que ele nem conheça a si mesmo...
E o que restou foi a mais dilacerante dor, não por eu ser desimportante para esse ser amado, mas a dor de abandonar esse amor que senti... De esvaziar-me por dentro, de dizer adeus a uma sensação de valor inestimável... Esse amor já fazia parte de mim, entranhou-se até a alma. Como é difícil, como dói deixá-lo partir de dentro de mim e admitir que este homem se transformou em fantasma da minha imaginação, uma miragem nebulosa que confundiu minha visão inocente e pura!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

À minha amiga Carol...

À minha amiga Carol, as palavras em destaque;
"Era uma vez... Numa terra muito distante... Uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima. Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico... Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre... Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein?... Nem morta!"
                                                                                                          (Luís Fernando Veríssimo)

PRINCESA LINDA
MARAVILHOSO LAGO DO SEU CASTELO
BELO PRÍNCIPE
LINDO CASTELO
SAUTÉE
CREMOSO MOLHO
FINÍSSIMO VINHO BRANCO!
Com base neste texto, que já bem a define, as palavras em destaque me fazem “construir” você doce amiga...
As pessoas pensam... Você sonha!
Pensar é ter cérebro, já sonhar é ter na fronte uma auréola...
As pessoas é um oceano... Você é um lago!
O oceano tem a pérola que embeleza... Mas, o lago tem a poesia que deslumbra!
As outras é a águia que voa... Você o beija-flor que flutua!
Voar é dominar o espaço, flutuar é encantar a alma...
As pessoas têm um farol: a consciência... Você tem uma estrela: a esperança!
O farol guia a esperança salva...
Enfim, você é a Beleza, o Sonho, o Encanto, Os mistérios: princesas, príncipes, castelos, vinhos, o bom paladar, a elegância, o chique... Os homens estão colocados onde termina a terra... Já você, onde começa o céu!!!
É assim minha amiga...
Mulher de verdade, não a Amélia de alguém! Ela é linda, ela é forte!!!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Quando o amor adoece!!!

Hoje irei escrever sobre o ÓDIO... Esse estranho sentimento, que muitas vezes povoa meu ser... O ódio, a meu ver, nada mais é do que o avesso do amor... É como uma “casca que caí do corpo”... Como se o amor virasse uma ferida... Um sentimento que foi rejeitado...
Busco não me conectar com esse ódio que sinto, eu o coloco como um sentimento exterior ao meu Eu. Ao amor digo sim! Já o ódio está “recortado” de forma tal que não há possibilidade de passar do avesso ao direito nem do direito ao avesso. “O que eu sinto e o que eu assumo que sinto” estão separados, como o direito e o avesso sem que eu possa percorrer os dois lados em continuidade. E isso é a antítese amar/odiar como uma única expressão da transformação de uma pulsão em seu contrário... O amor e o ódio, não raro, comparecem juntos, mesmo sendo uma antítese do outro! Entendo que o ódio, enquanto relação com o objeto amado existe antes do amor, sendo manifestado por intermédio do desprezo do outro e da repulsa primitiva por parte do EU em relação ao mundo exterior... Este incansável emissor de estímulos... O mundo externo!!!
Medito sobre esses acontecimentos...
Quando um verdadeiro amor desemboca no ódio numa dimensão tão real, nele, o amor se aproxima da morte, numa dialética muitas vezes impossível de suportar. É preciso ser firme para fazer o amor ir alem das “aparências do ser”... O amor deve SER não mais como paixão, mas como um “dom ativo”. O amor visa o outro, não na sua especificidade, mas no seu SER... Escrevo sobre essa dialética, não com o intuito de buscar uma verdade absoluta, e sim, por buscar a verdade concreta de cada sensação observada em mim, na configuração de minhas vivencias que é definida e articulada por eu mesma, “artista de minha própria história”. Para encontrar a minha verdade, parto de minha própria experiência de vida. No caminho conduzido pela minha intuição e razão, por minhas vivências, sensações e valores... Vou acrescentando novos elementos à composição VIDA, diferenciando-os e reajustando-os... Ao final, tenho à minha frente uma “imagem / conceito” que consiste na última de muitas sínteses anteriores... E, por mais que eu tente repetir uma composição, seguindo passo a passo as etapas de sua elaboração, nunca poderei obter o mesmo resultado... Não importa quantas vezes amei, sempre será novo cada sentimento, cada nova história de amor... Certamente existem muitos que vêem o ódio de forma diferente, da qual coloco aqui, porém minha intenção é refletir, entender sobre as sensações dúbias que permeia meu coração, ora amo, ora odeio o mesmo sujeito causador dessas sensações... Como é possível transitar por esses sentimentos “opostos” e paralelos, senti-los ao mesmo tempo? O ódio, tal como o amor nesse caso, parece se alimentar com as menores coisas dentro de mim... Assim como sei, a pessoa amada não pode me fazer nenhum mal, a mesma pessoa odiada não pode me fazer nenhum bem... Sinto-me pequena ao odiar... Tenho consciência que só o amor afirma, e que ele fica pequeno em face do ódio, então nego veementemente esse sentimento, pois só o amor me salva e me faz chegar à essencial verdade... Que o amor, em mim, sempre vença!!!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O Amor não pode se perder...

O Amor é uma alma feliz, uma mágica divina... Porém, eis que agora me remete à idéia o que Nietzsche chamou de “Humano, demasiado humano”, quando no Amor aprofundamos demais e quando compreendemos sua totalidade, raramente lhe permanecemos fiéis para sempre. Esquecemos rápido que é o Amor, justamente, o que leva luz à profundeza da alma. Hoje o que vemos são os homens fazerem do Amor um painel de esboços imperfeito e fragmentado, em lugar de tentar produzir uma imagem completa. A fragilidade que o “mundo moderno”, de certa forma, impôs aos relacionamentos humanos me entristece. Apaixona-se e desapaixona-se... As pessoas atrelam amor à cultura consumista. Hoje, amar é como um passeio no shopping, visto que, tal como outros bens de consumo, ele, o Amor, deve ser consumido instantaneamente. O que não percebem é que o sentimento do imediatismo oferece conseqüências graves... Ora, o Amor na vida do ser humano não deve, não pode ser como mais um “(im) perfeito” produto oferecido pelo mercado!!!
Em minhas leituras, li uma vez a seguinte frase; "a magia do amor está em ignorar que ele possa terminar". É uma frase extraordinária, porque quem não está apaixonado fala que todas as histórias de amor acabam mal! Mas essas mesmas pessoas uma vez apaixonadas, recusam que o amor possa ter fim, acreditam que pode ser eterno... E isso é mágico!!
O amor humano pode até ser um “amor de dor”, mas a paixão amorosa não pode ser encarada como um mero produto a mais, como uma espécie de enfermidade da alma... O Amor deve ser assim absoluto e partilhado todo. Porque a grandeza do Amor está na impossibilidade de catalogá-lo, cristalizá-lo, defini-lo... Ele está sempre “além de onde o colocamos”. E ele não é vitória, é descoberta! É a profunda afinidade inexplicável. O Amor é mais que definido... É colorido, é poetizado. Só quem vive o Amor em sua essência conhece o alvoroço existencial que ele causa, a deliciosa inquietação que ele promove, o alargamento espiritual que dele resulta. O encantamento que nos torna pretensiosos e inadvertidos poetas da simplicidade... Só o Amor torna-nos puros, e livra-nos do “Humano, demasiado humano”, porque ele diviniza-nos!!!

Se você se deitar comigo...

É só mais uma noite e eu estou encarando a lua, vejo uma estrela cadente e penso em você. Há uma ligação entre as belezas do mundo e voc...